O vereador Jorge Figueiredo (PP) esclarece para os munícipes, o que aconteceu com seu filho. Em sessão extraordinária na tarde de ontem (8) na Câmara Municipal de Guarapari, o vereador usou a tribuna para relatar sobre a Operação MOURO e a prisão do seu filho Jorge Figueiredo Gonçalves Júnior, conhecido como Juninho.
Na última terça feira (6), agentes penitenciários estiveram na casa do Jorge para realizar a operação. Mas segundo ele, esses agentes não possuem formação para investigações e acabaram invadindo a casa errada. “Essas pessoas não tem competência de estar fazendo um trabalho de investigação. Só que na minha eles não se derem bem, pois entraram na casa de um policial civil. E eu tenho sindicatos que me representam e nós temos nosso estatuto e providências serão tomadas”, relata o vereador Jorge Figueiredo.
De acordo com o vereador, Juninho foi preso em 2008 pelo próprio pai, que o entregou a polícia por envolvimento com drogas. “É por isso que eu tenho aversão a festas raves, pois foi lá que meu filho se envolveu e viciou em pó”, disse Jorge. Ele ficou preso por seis meses, ficou em liberdade por oito meses e depois do julgamento, precisou cumprir mais seis meses na penitenciária. Jorge também acredita que o que levou seu filho para as drogas, foi por faltar atenção para ele. Seu outro filho sofreu acidente no mesmo ano de 2008 e, ou ter todos os cuidados, fazendo por deixar o Juninho muito solto.
Atualmente, Juninho estava morando com o pai, que acompanha de perto a recuperação do filho em relação às drogas. O vereador ainda disse que não quer colocar isso no meio político, mas precisa esclarecer o ocorrido, por ser uma pessoa pública. Deixando claro também, que Juninho nunca foi um agente penitenciário. “A apreensão era para advogados e agentes que levaram drogas para dentro do presídio”, pronunciou Jorge Figueiredo.
Na casa de Jorge, os agentes penitenciários foram em busca de droga, mas encontraram apenas velhas munições. Entretanto, o vereador professou, “eu sou policial, tenho que ter arma e munições em minha casa. Já declarei ao delegado que as munições são minhas. Procuraram drogas achando que era do meu filho, mas não encontraram. Como se eu, como policial, não fosse perceber se o meu filho tivesse drogas em casa”.
Operação MOURO
A Operação MOURO tem como objetivo combater a corrupção de funcionários do sistema prisional e à atuação de um grupo criminoso que age dentro da Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana. Esse grupo criminoso atuava na comercialização de drogas, armas, munições e entrada de drogas e telefones celulares no estabelecimento prisional.
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão temporária, dos 19 expedidos e 19 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos drogas (maconha, ecstasy, cocaína), balança de precisão, documentos e computadores.
Segundo as investigações, que começaram há cerca de um ano, de dentro do presídio os detentos comandavam essas pessoas e recebiam delas informações importantes para manter o tráfico de drogas e comandar outros crimes do lado de fora.
A primeira prisão realizada após o início das investigações foi de um agente penitenciário, em novembro. Ele teria facilitado à entrada de mais de 30 celulares no presídio de segurança máxima e teria recebido por cada um cerca de R$ 5 mil.