A professora de reforço escolar Célia Regina, de 65 anos, foi violentamente espancada por familiares de um aluno no bairro Resgate, em Salvador, na Bahia. O ataque ocorreu após a docente ter sido agredida dentro da sala de aula pelo próprio estudante, que lhe deu um tapa no rosto. Ao buscar os responsáveis para relatar o ocorrido, Célia foi surpreendida no dia seguinte em sua própria residência por três familiares do aluno, padrasto, mãe e tia, que a atacaram brutalmente.

A agressão deixou a professora com hematomas por todo o corpo e resultou na perda de parte de seus cabelos. O caso, que veio à tona na última quinta-feira (20), evidencia a fragilidade na relação de respeito entre professores, alunos e suas famílias, além de expor a crescente hostilidade enfrentada pelos profissionais da educação.
Este episódio vai além de um ato isolado de violência; ele simboliza o descaso com a educação e com aqueles que dedicam suas vidas à formação de jovens. Especialistas alertam que pais e responsáveis devem atuar como parceiros da escola, e não como defensores incondicionais de seus filhos, pois essa relação de cumplicidade é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e respeitosa.
A violência contra a professora Célia Regina reforça a necessidade de medidas rigorosas para garantir a segurança no ambiente escolar. Agredir um professor não é apenas um crime, mas um reflexo de uma crise social que precisa ser combatida com urgência. Para transformar essa realidade, é fundamental a aplicação de punições exemplares aos agressores e um compromisso efetivo com a valorização da educação e de seus profissionais.