A paralisação dos caminhoneiros terminou nesta quarta-feira (30), em Guarapari, mas a rede hoteleira da cidade saúde sentiu os efeitos desses 10 dias de greve e teve 35% das reservas canceladas para o feriado de Corpus Christ.

A informação é do presidente da Associação das Indústrias Brasileiras de Hotéis no Espírito Santo (AIBH-ES), Gustavo Guimarães. “Guarapari sofreu um pouco mais com as perdas de reserva. Teve hotel aqui que chegou a perder 35% das suas reservas porque a cidade recebe um público de lazer mesmo e a maioria das pessoas vem de carro então com a falta de combustível alguns turistas tiveram receio de sair de suas cidades”
Segundo Gustavo, o turismo do Estado como um todo também foi prejudicado. “No Estado como um todo tivemos em torno de 15% a 30% de cancelamentos das reserva efetuadas. Teve hotel que estava com 100% de ocupação e perdeu 20%, foi uma repercussão muito forte”, lamentou o presidente da AIBH-ES.

Apesar da queda nas reservas, Gustavo acredita que a taxa de ocupação ainda pode melhorar. “Como as coisas, sobretudo no Espírito Santo, estão voltando ao normal e tem muitos hóspedes que são do próprio Estado e procuram Guarapari, a gente está com a expectativa de diminuir um pouco o número de reservas que foram canceladas. Todos os hotéis estão estruturados para atender os hóspedes que chegam em cima da hora e tem também Os os de Anchieta que faz duas paradas em Guarapari. Então isso vai favorecer a essa perda menos acentuada “.
Comércio. O comércio também foi prejudicado com a paralisação. Segundo o superintendente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Aguinaldo Júnior, ainda não é possível saber o percentual exato do prejuízo porque eles aguardam dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Logistas (CNDL), mas ele calcula cerca de 40% de queda de vendas.

“Estamos em uma fase de recuperação de dois anos ruins de vendas, que foram 2016 e 2017, e no momento delicado houve essa paralisação que afetou muito o comércio em geral. E são duas pontas porque além de não vender, tem também o aspecto de não receber mercadorias para a troca de estação”, disse Aguinaldo.