A semana começou com um clima de medo e tensão em Guarapari. A falta de policiamento na cidade resultou em ataques em diversas lojas e na manhã desta segunda-feira, dia 06 de fevereiro, escolas, unidades de saúde e o transporte público não funcionam no município.

No início da manhã motoristas e cobradores da empresa Expresso Lorenzutti estavam parados na garagem. Segundo o motorista Carlos Cícero, de 40 anos, afirmou que a decisão de não circular foi tomada porque eles receberam ameaças de que se circulassem, os ônibus seriam incendiados.
“Não estamos circulando porque teve uma ameaça de colocar fogo nos ônibus. A gente resolveu junto com o sindicato permanecer na garagem com medo da integridade física do motorista e cobrador e até do usuário então a gente permaneceu na garagem”.
Segundo o motorista, a paralisação dos ônibus vai continuar até a retomada do policiamento na cidade. “Vamos continuar parados até o policiamento voltar e a cidade estabelecer tudo normal porque do jeito que está é perigoso até a gente sair na rua e vir trabalhar é pior ainda. O jeito é ficar em casa e esperar até o secretário de segurança resolver isso para gente”.
O presidente do Sindirodoviários, Wallace Barão, conta que um cobrador da viação Sudeste chegou a ser espancado enquanto seguia para a garagem da empresa. “Na Rodovia Jones dos Santos Neves, o cobrador estava de moto e foi abordado por criminosos. Eles bateram nele. Os funcionários não tem como irem trabalhar, a falta de segurança é grande”, afirma.
De acordo com ele, as ameaças de incendiarem os coletivos é grande e nós orientamos as empresas para não rodarem. A empresa Lorenzutti nem chegou a sair hoje com ônibus e as empresas Planeta, Alvorada e Sudeste já recolheram os veículos. “Todos só voltarão a funcionar com a presença da polícia nas ruas”, concluiu.