Vila Velha está no centro de um dos maiores projetos de infraestrutura do Espírito Santo: a nova ferrovia que ligará Santa Leopoldina a Anchieta. Com um investimento estimado em R$ 6 bilhões, o empreendimento é resultado de uma parceria entre a Vale e os governos federal e estadual, e promete transformar a logística regional, reduzir custos de transporte e impulsionar a economia dos municípios ao longo do trajeto.
O projeto principal inclui uma linha tronco de 80 km, conectando Santa Leopoldina, Cariacica, Viana, Vila Velha, Guarapari e Anchieta, além de um ramal adicional de 20 km, entre o Porto de Ubu e o pátio ferroviário.
Para o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, a iniciativa é um divisor de águas para o desenvolvimento da região. “Este novo ramal ferroviário representa não apenas um avanço logístico, mas uma mudança de paradigma para o setor produtivo canela-verde e capixaba, pois vai garantir a conexão do Estado a novas possibilidades e fortalecer a posição estratégica de Vila Velha no setor logístico nacional”, afirmou.

Cronograma e Desafios
O projeto ainda enfrenta desafios como o licenciamento ambiental e as desapropriações necessárias. A previsão é de que os estudos sejam concluídos em dois anos. Após a aprovação, as obras devem começar em até seis meses, com conclusão esperada em cinco anos.
Paralelamente, a Vale anunciou a doação do projeto básico para a extensão do trecho que ligará Anchieta a Presidente Kennedy, parte da ferrovia EF-118. Esse segundo trecho, com 87 km, consolidará o Espírito Santo como um hub logístico estratégico no Brasil.

“A nova ferrovia vai conectar diversos segmentos industriais e comerciais da região Centro-Oeste e dos municípios capixabas, principalmente Vila Velha, que abriga o maior complexo portuário do Estado. Este é um projeto estruturante que virá acompanhado de novas oportunidades e por isso se reveste de elevada importância econômica”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha, Everaldo Colodetti.