A eleição para o governo do Espírito Santo em 2026 já dá sinais de que será uma das mais disputadas da história recente do estado. Pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas na segunda-feira (02/06) revela um cenário de empate técnico entre o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), na preferência do eleitorado capixaba.
Segundo o levantamento, Pazolini aparece com 26,1% das intenções de voto, enquanto Ferraço soma 21,7%. A diferença de 4,4 pontos percentuais entre os dois está dentro da margem de erro de 2,6 pontos, configurando um empate técnico. O dado revela um equilíbrio nas forças políticas do estado e sinaliza uma possível polarização entre os dois principais nomes que se desenham como candidatos ao Executivo estadual.

Além dos dois favoritos, outros nomes testados na pesquisa também pontuam:
Sérgio Vidigal (PDT) – 11,1%
Arnaldinho Borgo (Podemos) – 8,6%
Josias da Vitória (PP) – 6,6%
Euclério Sampaio (MDB) – 5,8%
Helder Salomão (PT) – 4,5%
Brancos e nulos somam 8,9%, enquanto 6,6% dos entrevistados afirmaram não saber em quem votar ou preferiram não responder.
O levantamento foi realizado entre os dias 28 e 31 de maio de 2025, com 1.522 eleitores em 45 municípios capixabas. O grau de confiança é de 95%, com margem de erro de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos.
Cenário político e possíveis desdobramentos
O atual governador do estado, Renato Casagrande (PSB), não poderá disputar a reeleição em 2026 por estar no segundo mandato consecutivo. Figura central da política capixaba, Casagrande é apontado como o principal favorito para uma das vagas ao Senado, segundo a mesma pesquisa.
De acordo com o levantamento, Casagrande lidera a disputa para o Senado com ampla vantagem, registrando 49,2% das intenções de voto. O cenário abre espaço para uma reconfiguração no tabuleiro político estadual, com possíveis alianças e rearranjos entre grupos que hoje se distribuem entre o governo e a oposição.
Corrida em aberto
O empate técnico entre Pazolini e Ferraço indica um início de corrida eleitoral ainda indefinido, com espaço para crescimento de candidaturas alternativas e o peso decisivo que a campanha terá em 2026. A disputa também coloca em evidência dois perfis distintos: Pazolini, prefeito da capital e nome forte da segurança pública; e Ferraço, com longa trajetória na política estadual e federal, atualmente vice-governador.