O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Guarapari manifestou, no último dia 6 de dezembro, sua discordância em relação às medidas adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde. Em moção de repúdio (CMS/GRI 001/2024), o CMS criticou a gestão das Unidades de Saúde de Dr. Roberto Calmon e Dr. Arnaldo Magalhães, interditadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) para atendimentos médicos, mas sem a realocação adequada de outros serviços.
O CMS apontou que os trabalhadores e pacientes seguem expostos a condições insalubres, uma vez que a gestão não promoveu o remanejamento necessário. Além disso, outra decisão controversa foi a transferência da Farmácia de Alto Custo do Centro Municipal para o prédio da Unidade de Dr. Arnaldo Magalhães. Segundo o Conselho, a medida não apenas deixou de reorganizar os recursos humanos, como ainda adicionou mais uma atividade a uma unidade já comprometida. Outro ponto destacado foi a localização da farmácia no terceiro pavimento, o que, segundo o CMS, compromete a ibilidade e dificulta o atendimento aos usuários e profissionais.
A moção enfatiza que as condições estruturais das unidades já eram conhecidas pela gestão municipal há bastante tempo. Apesar das cobranças, nenhuma solução efetiva foi apresentada, o que motivou a reação do CMS.
A presidente do Conselho, Luciana Rodrigues Simões, reforçou que cabe à Prefeitura priorizar a saúde e garantir qualidade nos serviços tanto para os profissionais quanto para os munícipes. “A saúde é um direito de todos e deve ser tratada como prioridade”, conclui o documento.
