O cinema de Guarapari e o cinema nacional estão muito bem representados pelo cineasta Rodrigo Aragão. Seu quinto filme, A Mata Negra, que ainda será lançado, entrou com o pé direito no tapete vermelho do maior festival de cinema mundial, de Cannes, na França, com a exibição de uma prévia do longa que aconteceu ontem (12).
“Estou muito feliz, ser exibido em Cannes é uma grande realização para um cineasta. Infelizmente não pude estar lá, mas já fico muito feliz de ter conseguido mandar A Mata Negra, não pelo glamour, mas pela possibilidade de me abrir novas janelas”, fala Rodrigo.

Festival. No Brasil, a produção de terror, será lançada no Fantaspoa, o maior festival de cinema fantástico da América Latina, realizado em Porto Alegre. “Em 2018 ele inicia o circuito de festivais, a gente vai abrir o Fantaspoa. Está sendo uma data muito emocionante, porque há exatos 10 anos atrás eu abri esse festival com Mangue Negro, meu primeiro filme. Está sendo a comemoração desse ciclo de 10 anos. E acredito que ele vá fazer todo o circuito de cinema fantástico”, comenta.

O cineasta fala sobre o enredo filme. “A Mata Negra é um filme que fala de uma menina que encontra o livro amaldiçoado de Cipriano. Ela tenta usar esse livro para conquistar o amor da vida dela, só que o livro é maldito, e ele traz desgraça para a pessoa que porta ele para todo mundo que está em volta”, revela.
Apoio. “A Mata Negra” é um longa que teve apoio financeiro do governo federal, pelo incentivo à cultural, no valor de R$ 630 mil. Esta é a primeira produção financiada de Rodrigo. “É um filme rodado totalmente aqui em Guarapari. Ele é um marco na minha vida que é o meu primeiro filme com o apoio oficial, ele veio para me tirar das bordas, sempre fiz filme com verba particular, é o primeiro filme que tenho um padrão técnico de equipamento profissional, com pessoal adequado, foram mais de 100 colaboradores entre atores e produtores, técnicos, será rodado em 4K”, diz ele se referindo a mais recente tecnologia em qualidade de imagem.
Rodrigo ressalta que o filme foi uma experiência profissional enriquecedora para os profissionais locais. “O mais legal foi intercambio artístico que esse filme proporcionou. Atores e técnicos de Guarapari, e de outros lugares do Espírito Santo, puderam contracenar com Jackson Antunes, Clarisse Pinheiro. Isso foi um aspecto muito importante”, afirma.