A política local surpreende quando candidatos “improváveis” triunfam. A resposta? Conexão.
O clientelismo na política local brasileira ilustra a importância histórica das conexões. Desde o período colonial, essa prática de troca de favores entre políticos e eleitores mostrou como as relações pessoais são cruciais. Hoje, candidatos transformaram esse conceito de ‘proximidade’ em engajamento com suas bases eleitorais.
Nas eleições municipais, a dinâmica é única. Um vereador pode ser eleito com poucos milhares ou centenas de votos. Cada conexão é preciosa, um trabalho de formiguinha construindo pontes com diferentes comunidades.
Muitos votam em um vereador, mas não em seu partido, pois o candidato criou uma conexão que transcende siglas. É como aquele vizinho com quem você não concorda em tudo, mas confia.
Gastar fortunas em campanha não garante vitória. A política local ainda é sobre relacionamentos. É sobre o candidato que aparece na associação de bairro, conhece os desafios da escola municipal e entende as dores da comunidade.
Muitos se frustram ao ver candidatos “JUJUBAS” – menos qualificados – ganhando. Mas esquecem que o eleitor vota também com o coração. Aquele político “JUJUBA” que “não deveria ganhar” pode ter uma conexão profunda com seu público.
A eleição para vereador não se trata apenas de ter as melhores ideias. É sobre estar presente nos 365 dias do ano, seja na feira, na igreja ou no posto de saúde.
Da próxima vez que um resultado eleitoral o surpreender, lembre-se: na política local, conexão é tudo. Aquele vereador que parece surgir do nada? Provavelmente entendeu essa lição muito antes da campanha começar.
Quer saber se aquele candidato em quem você votou realmente entende de conexão? Ligue para ele. Se ele atender gentilmente, como fazia durante a campanha, e continuar fazendo isso todas as vezes que você ligar, certamente estará mais fortalecido para as próximas eleições.
Mas… será que ele vai atender? A verdadeira prova de fogo da “conexão” começa agora, longe dos holofotes da campanha. E nisso os “JUJUBAS” são mestres!
