A campanha de vacinação contra a gripe no Espírito Santo, iniciada oficialmente em 7 de abril, tem registrado uma baixa adesão da população. Dados da Secretaria da Saúde (Sesa) revelam que, até a última quinta-feira (24), apenas 263.196 doses foram aplicadas, o que corresponde a uma cobertura de 17,57% entre os grupos prioritários com meta de imunização.
A vacina contra a Influenza, que antes era ofertada exclusivamente durante campanhas sazonais, ou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação em 2024. Com isso, sua aplicação se tornou parte da rotina nos postos de saúde, voltada especialmente para crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos com 60 anos ou mais e gestantes — grupos que possuem uma meta de cobertura vacinal de 90%.
Apesar da mudança na estratégia, a procura permanece abaixo do esperado, tanto na rotina quanto nos grupos incluídos em uma estratégia especial de vacinação. Das doses aplicadas, 187.717 foram istradas na vacinação de rotina, o que representa apenas uma fração dos mais de 1 milhão de pessoas aptas a receber a imunização. Já entre os grupos prioritários da estratégia especial, foram aplicadas 75.479 doses, frente a um público estimado de 649.658 pessoas.
Os grupos especiais incluem trabalhadores da saúde, puérperas, professores, indígenas, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança e das Forças Armadas, indivíduos com doenças crônicas ou deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, carteiros, funcionários e internos do sistema prisional, além de adolescentes sob medidas socioeducativas.
Diante da baixa adesão, a Sesa faz um apelo para que os integrantes dos grupos prioritários procurem os postos de saúde e atualizem a carteira de vacinação, especialmente neste período de outono, com temperaturas mais amenas, e na proximidade do inverno — estações em que as infecções respiratórias se tornam mais frequentes.
A Secretaria reforça que a vacina é segura e continua sendo a principal forma de prevenção contra a gripe e suas complicações, como pneumonias e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que podem levar à hospitalização e até à morte.