Por Marcelo Moryan | A recente reportagem sobre o “engordamento” da Praia do Morro, conforme descrito em um jornal regional, suscita uma série de reflexões críticas sobre as prioridades e os desafios enfrentados por nossa querida Guarapari. Este projeto, que parece mais um conto de fadas construído sobre um castelo de areia, evidencia a distância entre as intervenções urbanísticas idealizadas e as necessidades reais da população e do meio ambiente local.

Primeiramente, é fundamental reconhecer a importância de abordar os problemas urgentes que afligem a região. A contaminação das águas por esgoto não tratado, a precariedade e a insegurança dos quiosques, entre outras mazelas, demandam ação imediata. Esses problemas não apenas comprometem a qualidade de vida dos moradores, mas também afetam diretamente a experiência dos visitantes, colocando em xeque a viabilidade do turismo sustentável na cidade.
A proposta de expandir a faixa de areia da Praia do Morro apresenta vários apelos questionáveis, entre eles, o intuito de atrair mais turistas – o que soa irônico diante de uma infraestrutura urbana que se mostra insuficiente e defasada. A capacidade de uma cidade de receber turistas não se mede apenas pela extensão de suas praias, mas pela qualidade dos serviços, pela preservação ambiental e pela infraestrutura que sustenta tanto a população local quanto os visitantes.
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