Com quase um ano enfrentando a pandemia, o setor de bares, restaurantes e similares amarga os reflexos da pandemia: cerca de 25 mil pessoas foram demitidas no Espírito Santo desde o início da implementação das normas de restrição de funcionamento. Os dados são do Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares (SindBares) e Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel).

“Cerca de 40% dos estabelecimentos não resistiram às mudanças orientadas pelas autoridades sanitárias” comenta Rodrigo Vervloet, presidente do SindBares e Abrasel no Espírito Santo.
O empresário observa que as vendas delivery foram um meio alternativo para muitos comércios, mas não foram o suficiente para manter os estabelecimentos financeiramente. A queda no faturamento dos bares e restaurantes desde o ano ado chega a 60%, informa Rodrigo.
“Fomos os primeiros a fechar as portas e também os primeiros a adotar as medidas de biossegurança orientadas pelas autoridades sanitárias. É preciso lembrar que os bares e restaurantes não são os vilões do avanço da COVID, os estabelecimentos capixabas têm funcionado observando as medidas de biossegurança, garantindo aos clientes espaçamento entre as mesas, o à pias para higienização das mãos e álcool gel 70% também, bem como todos os funcionários seguem utilizando os EPIs necessários”, ressalta.

Durante o final de semana de Carnaval, os estabelecimentos do setor seguem os horários de funcionamento determinados pelo Governo do Estado e Rodrigo observa que a restrição de horários de atendimentos do setor pode contribuir para a ocorrência de aglomerações durante o período.
“Ao restringir o atendimento em estabelecimentos seguros, que estão seguindo as normas sanitárias, você empurra a demanda pra clandestinidade, para serviços e festas que não têm esses cuidados que nós, empresários de restaurantes e bares regularizados, temos”, observa.
Além disso, o presidente do SindBares ressalta também que quanto mais espaçado o horário de funcionamento desses estabelecimentos melhor é para garantir o espaçamento do público e evitar aglomerações. “As mesas já estão reduzidas e, com um funcionamento maior, dá a opção para os clientes irem em horários alternados, reduzindo o número de mesas atendidas no mesmo período. O estabelecimento de horários mais flexíveis beneficiaria o turismo e a economia com segurança”, destaca.